domingo, 2 de agosto de 2009

DA NOITE À MADRUGADA

Esperei da noite
à madrugada
Sonhando acordado
o que não tive
na vida que tive
Porque não vi, da vida
a alvorada!


Vi o silêncio
das estrelas
E as sombras
do luar!
Conheci, perdido na boémia
a calmia nocturna
E o medo
da escuridão ao passar!


Vi o homem
ébrio
inquieto
vacilante
Vivendo solidão
intranquilo
soturno
inconstante...


Entre a noite e a madrugada
tudo é nada!
a desgraça é crime
a desilusão é angústia
o ciúme é traição
E poucas vezes, ou nunca
terão perdão...


Entre a noite e a madrugada
há o tudo e o nada!
Há sempre uma mulher
um amor
uma paixão
um romance, a haver
E com ela
uma dor
uma ilusão
um enlace qualquer!


O beijo
o carinho
a ternura
Andorinhas, num vai e vem,
de Primavera...
Primavera que sorri
de desejo
de delícia
de frescura
Que sonhei que vi
mas, não vi!
Fiquei à espera!


Entre a noite e a madrugada
há um nada!
Há um nada que fora tudo...
tudo o que vi!
Mas, julgo que ainda
não vira nada!

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