Não sei se verei mais o sol
ao acordar
Ou das estrelas do céu,
o seu brilhar?
Sei apenas que um dia
não serei
Mais aquele, que ao Mundo:
- Este cheguei!
Sou tanto, o mesmo igual
a tantos outros
Vegetando o “Deus-dará”
da incerta vida...
Um aquele mais um,
que nada conta
No extenso rol tão perdido
ao esquecimento!
Sou o sonho do passado
que não tive
E a esperança do futuro
jamais vindo...
Sou farrapo da máscara
que vesti
E o lamento da tristeza,
em que vivi!
Sou a dor; o sofrimento
e o pecado
Que o erro ou o engano
me marcou...
Sou o peso dos anos
do passado
A cruz que carrego
e o Cristo arcou!
Serei um dia: “o pó;
a cinza; o nada”;
Do nada que fui,
enquanto tudo
Quanto na vida tive
e sem saber
Nesta passagem efémera
e tão dura...
Restando-me, só e apenas
a enxada
P’ra cavar a minha própria
sepultura!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário