Olho na palma da mão
o caminho do destino.
Nela leio a ilusão
os passos do meu caminho.
Vejo nela a memória
as rugas do meu passado.
Espelho a minha história
ao sentir este meu fado.
A sonhar é que se vive
foi nisso que acreditei.
Em minhas mãos tude tive
com elas tudo agarrei!
Eu sonhei o que não tive!
se vivi? Foi quando amei!
Quem não ama – sobrevive!
eu não vivi! – Eu sonhei?!
Em minhas mãos nunca tive
Aquilo que mais quis ter!
Não é feliz o que vive
sem nada ter p’ra viver!
Em minhas mãos nunca tive
aquilo qu’eu quis ter.
Nunca é feliz quem vive
sem um amor p’ra viver!
À minha irmã Lena (Malveira da Serra, 5/10/1955).
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