sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Voos Poéticos




À guisa de despedida


Caros camaradas, amigos e gratos leitores,

Concluímos hoje, 31 de Dezembro de 2010, a publicação, em Blog, do “VOOS POÉTICOS”.
Este livro que muito honrou o seu autor, Coronel António Perestrello, aquando do seu lançamento, em Julho de 1997, coincidentemente com o 75º aniversário da heróica viagem aérea, de Lisboa ao Rio de Janeiro, continua vivo na memória de muitos leitores especialmente dos “aeronautas”!
Assim, foi um grato prazer dar continuidade a essa tarefa, lançando-o na «blogosfera» e permitindo que muitas mais pessoas possam conhecer a obra e descortinar, essas memórias, em verso, que marcaram uma geração de Portugueses!
Mas esse trabalho não ficaria completo se não lhe incluíssemos, o prólogo, que lhe foi gentilmente acrescentado pelo Senhor Brigadeiro João de Deus Quintela e que reproduzimos:

APRESENTAÇÃO

«Em boa hora se decidiu António Perestrello a reunir num volume os seus excelentes poemas e muito feliz foi a decisão de os lançar à apreciação pública, precisamente quando se estão comemorando os 75 anos da Travessia Aérea do Atlântico Sul, cometimento levado a efeito pelos oficiais da Marinha de Guerra Portuguesa, Artur de Sacadura Cabral e Carlos Viegas Gago Coutinho.
“VOOS POÉTICOS” exaltam a empolgante aventura do homem que se liberta da terra e vive as emoções místicas do imperar no espaço.
Mas “VOOS POÉTICOS” cantam, com igual sortilégio, a sedução das paisagens que envolvem a natureza, após o regresso à “pista de aterragem”.
Nas alturas, é a visão absorvente e sedutora dos limites longínquos; em terra, é o encantamento grave da contemplação das velas brancas dos moinhos e dos rios que dão vida à paisagem; e é o do estóicismo exigido na preparação das missões imperativas, quando os conflitos humanos carregam de nuvens negras a Paz abençoada pelos “cúmulos do bom tempo”... Em resumo, é viver as alegrias e as dores da Pátria, no eterno drama das rotas entre a Paz e a Guerra.
Do torrão Ibérico da Europa às paragens longínquas da África, da Ásia e da America do Sul, “VOOS POÉTICO” evocam as asas portuguesas que levaram a outros povos a mensagem da fraternidade lusitana, que as tempestades sociais não impedirão de se perpetuar.


Lisboa, Julho de 1997

João D. Quintela»

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

HINO DA FORÇA AÉREA

FORÇA AÉREA
PORTUGAL!…
Juventude
audaz
valente...
Nobre povo
sem igual
Rumo firme
sempre em frente!

Quer de noite...
quer de dia...
Sulcando no céu profundo

Com rasgos de galhardia

Os rumos que tem o Mundo!

FORÇA AÉREA
FORÇA AÉREA...
Sobre a terra,
Sobre o mar.
Alma lusa
vida etérea
Subindo
supremo altar
Vigilante
e imortal!...
Alerta...
Homens do ar!
Alerta...
Alerta voar!
Garantindo
PORTUGAL!...


Letra: António Perestrello
Música: Agostinho Caineta
(Diário da República, I Série – Nº 214 de 17SET. 85 – Portaria nº 690/85, do MDN)


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RECORDANDO

POETAS DA “EPOPEIA DO AR”

“Voar! Sentir o céu bem perto ao coração
Beber em hausto fundo a luz da imensidade
É ser Cristo na cruz alada e redentora
Da máquina volante que o sol doura
Que é sinfonia, cor, cintilação
Hossana triunfal à Humanidade.”

- Sarmento Beires –
cor. pil. av.


“Cruz de Cristo, que outrora encheste ignotas plagas
...
Hoje pulsas numa asa, em vez de arfar nos mastros,
...
E de vermelho, ó Cruz! aspando o azul profundo,
Tu mostras bem que não morreu
Esse génio que, já não cabendo no mundo
Como os Titãs, escala o céu!”

- Henrique Lopes Mendonça –
c. m. guerra


“Eia avante pela vitória
Asas da Cruz a sangrar
Levai-as connosco à Glória
Nossa Senhora do Ar”

- Edgar Cardoso –
cor. pil. av.


“As asas fremian sob o sopro da tarde
...
A alma adormecia ao canto do motor;
Roçava-nos do sol a palidez da cor.”

- Antoine Saint Exupéry -
maj. pil. av.