segunda-feira, 29 de março de 2010

VOAR




Voar…
Eterna ansiedade
Que sobrevoa a memória
Emoção que faz história
Da vida... realidade
Que, p’ra nós, é glória
Fora ofício... liberdade!



P’ra trás fica o passado
No horizonte aventura
Voar
é nuvem... frescura
É ser, um ser... ser achado
Ser juventude... ser achado
Ser visão do alto... altura!



Crer ser mais que a terra dá!
Fugir... liberto da terra
Voar
alto... em outra esfera
Melhor sonho - esse? Não há!
Quem voa... nunca dirá:
Que na terra fica à espera!....

Dedicado à AFAP – Associação da Força Aérea Portuguesa.

sábado, 27 de março de 2010

VOAR ALTO



Voar alto
É sonho
É esperança
É viver o silêncio
das alturas
Ao procurar no azul
indescoberto
A sombra da sua própria
herança...



Envolto em coragem
de bravuras
Respirar o odor
da aragem
Em todo aquele longo
céu aberto
Com um sorriso ingénuo

de criança...

segunda-feira, 22 de março de 2010

QUIS VOAR

(Foto: João de Almeida Torto, enfermeiro, sangrador, barbeiro e inventor, a saltar da Torre, em Viseu, 1540. Museu do Ar, Sintra.)


QUIS VOAR!
Ser aventura
Fugir da terra dura
Ir mais além
do que se alcança
(sem se ver...)
Deixar a amargura!
Avançar
Sem parar
(e sem me perder!)
Tentar conhecer
Do Alto
o alto mar;
Das nuvens
o deserto;
Dos Céus
a terra,
a humanidade
(imensa!)
Sem dela
ficar perto!
Ser ansiedade
Sentir a imensidade
dos ares...
Pensar;
reflectir;
Seguir o norte;
fugir da morte!
Ver o Mundo
correr atrás
(de mim...)
Poder gritar
poder fugir;
sentir um ideal (...)
E dizer, bem alto,
(sem ninguém me ouvir)
Que sim!
Porque, afinal a VIDA
não tem fim!?
Poder dizer
que VOAR;
É felicidade;
É sentir
realidade;
É ser forte
vencer a morte;

É sonho;
É ilusão;
É liberdade;
(emoção!)
É poder
enfim
(morrer)
Por ter
alcançado
(um fim!)
(...) será?!
- como DEUS –
poder dizer,
(então:)
Que teve o Mundo na mão!...

quarta-feira, 17 de março de 2010

BEM ALTO

Bem queria ver
mais longe
que o Além!
Subir, bem alto,
onde jamais alguém
Voar subiu
ou se viu
(p’lo horizonte!)...


Ver do Alto
o mar;
a terra;
o Mundo
Do mesmo azul profundo
(em minha fronte)...
Ver todos e também
não ver ninguém!

domingo, 14 de março de 2010

RUMO INCERTO

Troco as nuvens
p’lo luar
Em noites
de solidão
Procurando
com o olhar
Perder-me
na imensidão...


Voo espaços
voo tempos
P’lo azul
profundo
Para afastar
meus lamentos
Das mágoas
tristes do mundo...


Já tão longe
sem parar
Num rumo certo
e incerto
Sem saber
o seu findar
E se estou longe
ou estou perto?!

sexta-feira, 12 de março de 2010

MINHA GALÁXIA

Temo do Universo:
A fúria dos astros
Um dilúvio de estrelas
Ou o fogo dos cometas...


Temo do Universo:
A escuridão da lua
A cegureira do sol
Ou o tremor dos planetas...


Temo do Universo:
O silêncio do vazio
A imensidão do infinito
Ou a guerra das estrelas...


De que Galáxia sou?
Qual o Mundo que é meu?
Em que Terra estou?
Afinal, quem sou eu?


Serei apenas um sopro de grão,
de um grão ao vento,
perdido na imensidão do tempo!


Serei um átomo de uma célula,
célula que no seu pequeno todo
afinal, não é nada!




Serei de uma folha ao vento (em ilusões)
árvore seca, sem nome e sem raíz
que ninguém pensará ser o resto d’um país,
ou gota de orvalho, apenas lágrima
escondida e perdida, sou!
entre milhões!?...

sexta-feira, 5 de março de 2010

ESTRELA DA ILUSÃO

Não vi no céu
a estrela da ilusão
Nem na aragem
o refrescar do desejo...
Senti apenas o aroma
de um beijo
Belo, cego e louco
de paixão.


Vi o desgosto
do passado inesquecido
E de tudo que foi
voando ao tempo...
O passado e mais tudo
levou o vento
E me transformou
num ser esquecido!

quarta-feira, 3 de março de 2010

MARAVILHA DO MUNDO

Que queres que sonho então
quando acordados
Se dormindo meus sonhos
se repetem?!
Por tãobelos;
profundos:
impensáveis
Da ausência (em bocado)
do pecado
Que nem sei s’alguém
jamais os sentem
Como carinhos
e ternuras
desejáveis!


São momentos de saudade
e d’esperança
Em sorrisos puros
de criança.
São ais:
são suspiros
liberdade
São afectos,
dos afectos da lembrança!


É o passado vivido
adormecendo.
É um sorriso constante
em alvorada.
Um despertar suave
da coisa amada
Lentamente aclarando
o amanhecendo!


É a tranquila paz
d’um sono fundo
No descanso terno
e justiçado.
É o futuro voando
p’lo passado...
Maravilha tal
que tem o Mundo!


Por tudo isto, senão,
direi então (...)
Que pouco ou nada haverá:
mais que o sonhar!
É como a vida fosse
só amar
E o corpo, de nós,
só coração!