As portas do Céu
abrem-se de par em par...
Caminho descuidado
liberto do pecado
tranquilo
puro
fugindo do asilo da terra,
da inquietude do mar,
do pesadelo do passado;
olhando o céu
o futuro.
As cores garridas da vida
agora esmaecidas,
fundem-se sob um véu obscuro
encobrindo as dores sofridas
do Mundo
e, de degrau em degrau,
em alvorada
por eles me encaminho
no horizonte profundo
para o Além!
No alto
a Cruz, simbolo de Cristo,
luz que se ergue ao olhar
numa imagem de Belém,
numa Aleluia de Páscoa;
em que o mal
(por milagre)
se redime em bem!...
Então... a voar
não resisto
à esperança,
à fé,
à caridade;
e, numa visão
a sonhar
caminho,
pé ante pé
devagar
com segurança
tranquilo
confiante
na ETERNIDADE!
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
PRECE DE UM HERÓI
Meu Deus!
Eu não Vos peço
O reino da terra,
Nem o domínio dos mares,
Nem a imensidade celestial!
Eu não Vos peço - Senhor
A glória dos heróis,
Nem a fama dos sábio,
Nem a bondade dos santos!
Eu não desejo que me Dês
O que eu não mereça - Senhor
Não quero a eternidade da vida,
Nem a memória dos séculos!
Não quero o prazer,
Nem a dor,
Nem a guerra,
Nem a paz!
Quero apenas - Senhor
Que a luz do Céu
Me ilumine no caminho
Da honra,
Da fé,
E da coragem!...
Dedicado ao alferes pára-quedista MANUEL JORGE MOTA DA COSTA, morto em Angola – Bungo – em 8 de Maio de 1961.
Eu não Vos peço
O reino da terra,
Nem o domínio dos mares,
Nem a imensidade celestial!
Eu não Vos peço - Senhor
A glória dos heróis,
Nem a fama dos sábio,
Nem a bondade dos santos!
Eu não desejo que me Dês
O que eu não mereça - Senhor
Não quero a eternidade da vida,
Nem a memória dos séculos!
Não quero o prazer,
Nem a dor,
Nem a guerra,
Nem a paz!
Quero apenas - Senhor
Que a luz do Céu
Me ilumine no caminho
Da honra,
Da fé,
E da coragem!...
Dedicado ao alferes pára-quedista MANUEL JORGE MOTA DA COSTA, morto em Angola – Bungo – em 8 de Maio de 1961.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O VOO MAIS LONGO
Naquela manhã…
Alegre
Esplendorosa
Sobre o cálido mar
No azul dos céus
De asas prateadas
Qual pássaro gigante
Se erguera
Num último adeus...
Tudo era calmo
Em seu redor:
A brisa costumada;
O céu azul;
O mar sereno
das praias de Luanda
Envoltas
Em tépido calor!...
Nisto!
Uma sombra negra
Surge no sul...
Não tardou
O estrondo!
A ave
Com a “CRUZ DE CRISTO”
Ornada
Jamais se fizera
Ouvir...
Duas vidas
Para o
“VOO MAIS LONGO”
Acabavam
De
Partir!...
(Acidente Aéreo em LUANDA – Mussulo- 29/5/1965)Ten.Pilav Aníbal Nunes de Magalhães e 2º Sarg. Pil Manuel Júlio Ferreira da Silva.
Alegre
Esplendorosa
Sobre o cálido mar
No azul dos céus
De asas prateadas
Qual pássaro gigante
Se erguera
Num último adeus...
Tudo era calmo
Em seu redor:
A brisa costumada;
O céu azul;
O mar sereno
das praias de Luanda
Envoltas
Em tépido calor!...
Nisto!
Uma sombra negra
Surge no sul...
Não tardou
O estrondo!
A ave
Com a “CRUZ DE CRISTO”
Ornada
Jamais se fizera
Ouvir...
Duas vidas
Para o
“VOO MAIS LONGO”
Acabavam
De
Partir!...
(Acidente Aéreo em LUANDA – Mussulo- 29/5/1965)Ten.Pilav Aníbal Nunes de Magalhães e 2º Sarg. Pil Manuel Júlio Ferreira da Silva.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
DIA DO ARMISTÍCIO

Às 11 horas e 11 minutos, há 91 anos os combatentes em França concordaram em parar de lutar!
Este acto levou a Paz a uma Europa devastada pela guerra, que acrescentou fome, miséria e injustiça a muitos milhões de pessoas, que em muitos casos sentiram, na pele, a privação, o sofrimento e a dor!
As hostilidades iniciadas em 1914 arrastaram-se até 1918 e terminaram com a assinatura da Paz, o denominado Tratado de Versailles!
A Primeira Grande Guerra ou simplesmente Grande Guerra teve a participação de Portugal, num período crítico da sua História, caracterizado pela instabilidade política e vazio de poder que levou a uma situação de abandono das Tropas Portuguesas, concentradas no Corpo do Expedicionário Português - CEP, que se debatiam em condições difíceis e tenebrosas, especialmente nos campos da Flandres!
Muitos desses valorosos combatentes pereceram aí, lonje da sua Pátria e das suas gentes e foram sepultados no denominado Cemitério Português de Richbourg, em Armentières.
Na primavera seguinte, os campos da Flandres antes adubados com sangue, cobriram-se de vermelho...com milhares de papoilas, celebrando a seiva renascida dos que aí tombaram!
sábado, 7 de novembro de 2009
O VOO MAIS ALTO
Libertei-me dos elos rudes da terra
e vaguei sorrindo, em asas prateadas!...
Subi visando o sol, em louca correria
e achei-me, em sonho, entre nuvens doiradas
de alegria confundido!...
Voei...
Planei...
Amei meu sonho e de perdido
me achei!
Alto, bem alto,
Num silêncio que o sol acalenta,
repousei!
Segui o vento do destino
através da imensidade da aragem!
Voei...
Voei...
Mais alto
cada vez mais alto
e no azul profundo, delirante,
flutuei!
Lá, nas alturas,
onde o vento tem o aroma do infinito
e jamais cotovia alguma ou águia se acharam,
me achei!
Senti-me no vácuo!
Sem maldade;
sem agruras;
sem tristeza;
longe da terra
perto da certeza,
achei o deseto celestial...
o paraíso...
...então:
estendi meu braço;
olhei minha mão;
vi o rosto de Deus
e no Seu sorriso achei meu coração!...
e vaguei sorrindo, em asas prateadas!...
Subi visando o sol, em louca correria
e achei-me, em sonho, entre nuvens doiradas
de alegria confundido!...
Voei...
Planei...
Amei meu sonho e de perdido
me achei!
Alto, bem alto,
Num silêncio que o sol acalenta,
repousei!
Segui o vento do destino
através da imensidade da aragem!
Voei...
Voei...
Mais alto
cada vez mais alto
e no azul profundo, delirante,
flutuei!
Lá, nas alturas,
onde o vento tem o aroma do infinito
e jamais cotovia alguma ou águia se acharam,
me achei!
Senti-me no vácuo!
Sem maldade;
sem agruras;
sem tristeza;
longe da terra
perto da certeza,
achei o deseto celestial...
o paraíso...
...então:
estendi meu braço;
olhei minha mão;
vi o rosto de Deus
e no Seu sorriso achei meu coração!...
domingo, 1 de novembro de 2009
O VENTO DIVINO
Voo pela estrada da vida
ainda consciente
e vivo
rumo ao túmulo dos mortos...
O vento Divino
sopra-me a alma
num zumbir
inqietante
de loucura:
- é o meu testamento!
Os halos do sol
iluminam-me o pensamento
de audácia e juventude:
longe da amargura:
dos desaires do Mundo;
da inquietude!
Como num sonho profundo
voo em direcção
à nuvem clara de esperança,
mas, sem esperança
condenado por acção da sorte
na missão guerreira:
- à morte!
Meu coração
saudade
que balança
palpitante
e não se cansa
por alcançar, na vida
o poente
da humanidade!
Levo comigo
a flor da cerejeira
E canto
o Hino do “Sol Nascente”
nesta longa viagem:
a derradeira,
a caminho da ETERNIDADE!...
ainda consciente
e vivo
rumo ao túmulo dos mortos...
O vento Divino
sopra-me a alma
num zumbir
inqietante
de loucura:
- é o meu testamento!
Os halos do sol
iluminam-me o pensamento
de audácia e juventude:
longe da amargura:
dos desaires do Mundo;
da inquietude!
Como num sonho profundo
voo em direcção
à nuvem clara de esperança,
mas, sem esperança
condenado por acção da sorte
na missão guerreira:
- à morte!
Meu coração
saudade
que balança
palpitante
e não se cansa
por alcançar, na vida
o poente
da humanidade!
Levo comigo
a flor da cerejeira
E canto
o Hino do “Sol Nascente”
nesta longa viagem:
a derradeira,
a caminho da ETERNIDADE!...
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